domingo, 19 de outubro de 2008

Biodiesel: experiência envolve alunos do ensino médio

Comprovar as alternativas de reciclagem usando uma matéria prima inesgotável foi o que motivou o projeto. O óleo reciclado (óleo de cozinha não mais aproveitável) é o elemento principal, usado na experiência que vem sendo desenvolvida por alunos do ensino médio da Escola Estadual Carlos Hugueney em Alto Araguaia.

Formado em química pela UFMT, o professor Renato Castro de 25 anos, que estranhamente dá aulas de física, trouxe para o âmbito da escola a experiência que começou a desenvolver em casa. A intenção é principalmente incentivar os alunos da escola pública a investirem na pesquisa científica. Ainda hoje se chega à universidade sem saber por onde passou elaborar um projeto de pesquisa. O professor vale-se de uma furadeira (como batedeira) com espécie de espátula na ponta, para misturar e dar ponto ao produto.

Ele conta que só resolveu trazer o experimento para a escola depois de muita leitura e pesquisa e depois de chegar a conclusão de que era necessário convencer, a partir de projetos como esse, que é possível despoluir gerando benefícios para a humanidade e diz que esse foi o primeiro passo, tirando o projeto do papel.

Utilizando além o óleo reciclado, uma solução de hidróxido de sódio e etanol (álcool desidratado), consegue-se extrair o biodiesel ao final de 30 horas de processamento. Renato explica que esse tempo se deve ao fato de ser uma experiência artesanal em pequena escala. “No processamento industrial a agilidade é muito maior. Não tem nem comparação”, disse.

Segundo Renato, o óleo de soja é um dos mais fortes poluentes dos cada vez mais escassos recursos hídricos do planeta. “O óleo de soja quando lançado na água, gera uma quantidade muito grande BDO E DQO, que são poluentes químicos concentrados”, explica.
“Isso pode ser evitado. Ao invés de ser jogado na pia da cozinha ou descartado de outra maneira qualquer, esse óleo não mais útil, pode ser juntado em garrafas e encaminhado para o nosso projeto aqui na Escola”, recomenda.

Para essa primeira etapa, os alunos saíram no comércio e recolheram a matéria-prima que está sendo utilizada, mas Renato adianta que quem queira ajudar pode entrar em contato com o telefone da Escola Carlos Hugueney: (66) 481.1195

Nenhum comentário: